Fora da F1, Bahamas perde R$ 200 mil
Este é o primeiro ano em duas décadas que a casa fica fechada durante a corrida. Nos bons tempos, 'stripers' vestiam uniformes e agitavam bandeiras das equipes.
Esta é a primeira vez em duas décadas que a Boate Bahamas, na Zona Sul de São Paulo, ficará fechada durante os dias em que São Paulo recebe o Grande Prêmio de Fórmula 1. O dono do estabelecimento, Oscar Maroni, estima o prejuízo em R$ 200 mil e lamenta ficar fora da festa.


“O Bahamas fatura uma faixa de R$ 20 mil a R$ 40 mil por dia. Na Fórmula 1, é R$ 50 mil por dia na quarta, quinta, sexta e sábado. Perco uns R$ 200 mil”, calcula ele.

Em dias de Fórmula 1, Maroni costumava dobrar o número de garçons e manobristas para o público, que chegava a 400 pessoas por noite, movimento 50% acima do normal.

O empresário conta que as equipes chegavam em vans do Autódromo de Interlagos e entravam por uma porta lateral. “O Bahamas é chamado de pit stop da Fórmula 1, porque nós temos um acesso privativo que mantém a privacidade dos pilotos.”

Maroni diz ainda que já recebeu grandes personalidades, mas não revela nomes. “O patrimônio do meu clube é a privacidade dos clientes.” Uma vez instaladas, as equipes sobem para uma sala privativa e ali ficam. “Os mecânicos vão lá para baixo, conhecem as pessoas e vão se conhecendo”, diz Maroni.

O empresário afirma que o estabelecimento ganhou fama internacional pelos espetáculos que promove. “Há shows em homenagem às equipes. A gente coloca as ‘stripers’ com a roupa das equipes chacoalhando as bandeiras”, lembra.

“No último show, era a música do Ayrton Senna. Entra uma moça fantasiada de Ayrton Senna, com o capacete e a bandeira do Brasil. Ela faz o show e a gente percebe que o povo se comove”, disse Maroni.

“Sempre fui apaixonado por carros e por Fórmula 1. Fico muito triste por não me deixarem participar dessa festa. Eu que, no meu ramo, sempre fui o anfitrião número 1 da Fórmula 1”, disse Maroni.
Acusado pelo Ministério Público de favorecimento e exploração da prostituição, formação de quadrilha e tráfico de pessoas, Maroni ficou preso entre 14 de agosto e 2 de outubro, mas saiu do Distrito Policial da Casa Verde graças a um habeas corpus. “O Bahamas é uma boate, um balneário, um restaurante”, garante Maroni.

O hotel construído pelo empresário ao lado da boate, chamado de Oscar’ Hotel, foi lacrado pela primeira vez em 26 de julho permenece interditado. Maroni afirma que com a boate fechada há 70 dias, enfrenta dificuldade para garantir o salário dos 47 funcionários diretos que trabalham no estabelecimento.



Notícia Postada em 19/10/2007

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