Secretário de Recursos Hídricos volta a descartar rodízio de água em SP
MPF recomendou ao governo a imediata aplicação do racionamento. Para Mauro Arce, medida causaria transtorno muito grande.
O secretário estadual de Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, voltou a descartar o rodízio de água nas cidades abastecidas pelo Sistema Cantareira. Na segunda-feira (28), o Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que apresentem projetos para a imediata implementação do racionamento.

“No momento atual, para que eu conseguisse alguma coisa além do que estamos conseguindo, precisaria ter um rodízio de mais de 36 horas com água e mais de 72 horas sem água. Seria um transtorno muito grande para os consumidores”, disse o secretário.

Desde o início da crise, o governo paulista nega a realização de rodízio de água. Na segunda, a Sabesp informou, em nota, que descarta uma medida tão drástica e reitera que o racionamento prejudicaria grande parcela da população, sobretudo aquela mais carente. Também afirmou que, com base nas medidas já adotadas, garante o abastecimento até 2015.

A recomendação é parte de um inquérito civil público para apurar a crise hídrica. O procedimento está sob responsabilidade dos procuradores da República Adilson Paulo Prudente do Amaral Filho, Priscila Costa Schreiner e Suzana Fairbanks Oliveira Schnitzlein.

O governo e a Sabesp têm 10 dias para informar as providências a serem tomadas em relação à recomendação. Arce disse que apresentará ao MPF a “argumentação técnica para que a gente possa convencê-los que esse rodízio não trará nenhum benefício na situação que estamos vivendo atualmente”. A Procuradoria não descarta a adoção de medidas judiciais caso o governo não atenda a medida.




Notícia Postada em 30/07/2014

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