PF é acionada para encontrar suspeito de agressão na Paulista
Delegado de SP quer saber se garoto de 16 anos tentou sair do país. Advogado aguarda contato da família para apresentá-lo na Fundação Casa.
A Polícia Civil de São Paulo pediu ajuda à Polícia Federal (PF) para tentar encontrar o quarto e último adolescente suspeito de envolvimento nas agressões e roubo na Avenida Paulista e em uma boate em Moema, na Zona Sul de São Paulo, em 14 de novembro, segundo um dos dois delegados que cuida do caso.

A Justiça da Vara da Infância e Juventude decretou a internação provisória do garoto de 16 anos na Fundação Casa (antiga Febem) na terça-feira (23), quando imagens gravadas por câmeras de prédios o mostraram desferindo golpes com lâmpadas fluorescentes em um pedestre. Desde então, o menor passou a ser procurado, mas até às 11h20 desta segunda-feira (29) não havia sido localizado. A defesa do acusado chegou a informar no sábado (27) que o jovem se apresentaria em até 48 horas, o que ainda não ocorreu.

Até as 11h20 desta segunda, a PF ainda não havia informado à Polícia Civil se o menor chegou a embarcar em algum aeroporto brasileiro.

Até agora, três dos quatro menores suspeitos estão cumprindo medidas sócio-educativas. A polícia também pediu a prisão preventiva de Jonathan Lauton Domingues, de 19 anos, por suspeita de participar dos ataques. O Tribunal de Justiça (TJ-SP) ainda não julgou o pedido.
De acordo com o delegado Renato Felisoni, assistente do 5º Distrito Policial, na Aclimação, desde sexta-feira (26) a polícia paulista realiza diligências para tentar cumprir o mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça, mas não conseguiu encontrar o adolescente. "Ele está oculto. Não está no endereço fornecido onde moraria com seu responsável. Temos informações das equipes de investigação que ninguém está na residência faz alguns dias, segundo vizinhos", disse o delegado, que está preocupado com a possibilidade de o menor sair do país. "Por esse motivo, pedi para a Polícia Federal me dar informações se o garoto passou pelos aeroportos do Brasil ou tentou sair para o exterior".

Os investigadores suspeitam que o adolescente, que é brasileiro, tenha cidadania e passaporte italianos, o que facilitaria sua saída do Brasil. Segundo a polícia, se o garoto for para a Europa, isso dificultaria o pedido de extradição dele para São Paulo. Procurado para comentar o assunto, o advogado Davi Gebara, que trabalha com o advogado Antonio Salim Curiati, na defesa do menor, afirmou que aguarda um telefonema dos pais do garoto para marcar a apresentação dele ao juiz da Vara da Infância e Juventude, no Brás, região central da capital. O advogado do adolescente informou que se o menor for internado, a defesa deverá entrar em seguida com um pedido de habeas corpus no TJ-SP para que seu cliente responda a acusação em liberdade.

“A alegação para o adolescente responder a acusação em liberdade é que ele tem bons antecedentes, residência fixa e nunca havia se envolvido em problemas antes”, afirmou Davi Gebara, defensor do adolescente. "É doloroso para a família. Estou sensibilizado com a família. A família está acabada. O menino está em depressão profunda e arrependido". Gebara não soube informar se seu cliente possui cidadania italiana.

Uma audiência com o juiz marcada para 9 de dezembro deve decidir se os menores serão absolvidos ou continuarão internados. O tempo máximo que eles poderão ficar, no caso de uma sentença condenatória, são três anos.

Internação
A decretação da internação dos adolescentes ocorreu na terça-feira (23) após pedido feito pela Promotoria da Infância e Juventude baseado nas imagens do circuito de monitoramento de câmeras de prédios na região da Avenida Paulista. Oficiais de Justiça seguiram então com os mandados de busca e apreensão às residências dos menores suspeitos das agressões. O primeiro adolescente se entregou na quinta-feira (25). Outros dois se apresentaram na sexta (26).

Ainda na sexta, o 5º Distrito Policial, na Aclimação, concluiu um dos dois inquéritos sobre o caso e indiciou Jonathan e responsabilizou os quatro menores por tentativa de homicídio contra quatro vítimas e formação de quadrilha. O outro inquérito, que apura uma suposta vítima de roubo e agressão que teriam sido praticadas pelo mesmo grupo de jovens, ainda não foi concluído. Nele, aparece uma vítima, um lavador de carros.





Notícia Postada em 29/11/2010

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