Leite especial para crianças alérgicas vira alvo de criminosos em SP
Vítimas devem levar boletim de ocorrência para receber nova lata. Produto, que é distribuído de graça, chega a custar R$ 170 em farmácias.
Leite especial para crianças alérgicas vira alvo de criminosos em SP PIRITUBA

Famílias que recebem de graça, do governo, um tipo especial de leite viraram alvo de criminosos em São Paulo. O produto, que é destinado a crianças com alergia à proteína do leite de vaca, custa quase R$ 170 nas farmácias.

Duas mulheres foram roubadas em um posto de saúde na Zona Leste da capital que entrega, de graça, remédios caros para doenças graves, que a população não tem condições de pagar. Os crimes aconteceram logo depois que as vítimas receberam o leite.

Na semana passada, a avó de um menino alérgico foi atacada dentro do posto. “Veio um rapaz de encontro com ela, no corredor da saída, e empurrou minha mãe no chão, pegou a mala e saiu correndo”, disse a filha da vítima, que não quis ter o nome divulgado. “Mas tinha um senhor atrás dela que começou a gritar: ‘Pega ladrão’.”

Outra mãe que procurou a polícia disse que foi atacada do lado de fora do ambulatório. Um homem se aproximou, pegou à força oito latas de leite que ela levava para o filho. Um pedestre percebeu, lutou com o ladrão e ajudou a evitar o crime. “Ela achou estranho, veio pegar o leite para a criança e foi roubada aí dentro”, disse um comerciante que ajudou a mulher.

Segundo o delegado André Pimentel, a polícia investiga a possibilidade de haver “algum mercado negro que o assaltante repassa esse produto”. Ele acrescentou que quem compra um leite produto de crime que é roubado comete crime de receptação. É fácil saber se o leite foi roubado ou não: ao contrário do vendido em farmácias, o produto distribuído pelo governo tem um aviso na embalagem informando que a venda é proibida.

A polícia de São Paulo procura imagens de câmeras de segurança da região para identificar os ladrões. O posto que faz a distribuição do leite orienta as vítimas a levarem o boletim de ocorrência para retirar novamente o produto. A direção do ambulatório, porém, disse que não recebeu nenhuma queixa de roubo.




Notícia Postada em 15/09/2014

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