Publicitário que esquartejou zelador é levado para presídio em Tremembé
Eduardo Martins ficará em unidade com Cravinhos, Nardoni e Lindemberg. Acusado de matar Jezi Souza foi transferido no sábado para o interior.
O publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, de 47 anos, preso acusado de matar e esquartejar o zelador do seu prédio, Jezi Lopes Souza, de 63, em maio em São Paulo, se juntou no início deste mês a outros criminosos famosos na Penitenciária de Tremembé, no interior do estado.

No sábado (2), Eduardo foi transferido do Centro de Detenção Provisória (CDP) da Vila Independência, na Zona Sul da capital, para o presídio onde estão os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, Alexandre Nardoni e Lindemberg Alves. Todos estes foram condenados em casos que também tiveram repercussão na imprensa. A transferência foi confirmada nesta terça-feira (5) pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Apesar de ter confessado o esquartejamento do zelador, Eduardo alegou que a morte dele foi acidental, após briga com troca de socos quando o funcionário entregava cartas no 11º andar. Segundo a defesa, Jezi teria batido a cabeça e morrido no apartamento 111 onde o casal morava com o filho de 10 anos, no condomínio da Rua Zanzibar, no bairro da Casa Verde. Ieda e a criança não estariam no local na hora da confusão.

Câmeras de segurança do edifício gravaram Jezi ao sair do elevador no andar dos Martins e não aparecer mais. As imagens também mostram o publicitário e a advogada levando as bagagens ao carro deles que estava na garagem. Apesar dessas filmagens, Eduardo inocentou a mulher.

O publicitário disse ter colocado o corpo dentro de uma mala e seguido com ela para Praia Grande. Lá, segundo sua versão, esquartejou a vítima com um serrote. A família de Jezi registrou seu desaparecimento e a polícia passou a investigar o sumiço do zelador. No litoral, policiais prenderam Eduardo em flagrante queimando os restos mortais da vítima.
Eduardo declarou que agiu sozinho. Ele alegou que a advogada não sabia de nada. Ieda também negou ter participado dos crimes.

Para a polícia e o MP Jezi foi assassinado dentro do apartamento do casal Martins por causa de brigas e discussões frequentes que tinha com o funcionário por causa do condomínio.

Eduardo, e Ieda, estão presos até um eventual julgamento. O publicitário responde por homicídio doloso, no qual há a intenção de matar; ocultação de cadáver; falsificação de documento e porte ilegal de arma. A advogada Ieda é acusada de homicídio, ocultação e porte de arma.

Rio de Janeiro
Até esta terça-feira, Ieda permanecia detida no Rio de Janeiro. A advogada está presa por decisão da Justiça daquele estado, onde foi acusada de matar o ex-marido, o empresário José Jair Farias, 57, em 20 de dezembro de 2005. A Justiça paulista, no entanto, determinou que Ieda seja transferida novamente para São Paulo, onde deverá ficar presa pela morte do zelador Jezi.

O publicitário também é investigado pela Polícia Civil do Rio por suspeita de ajudar Ieda a assassinar José a tiros perto da empresa da vítima. Tanto Eduardo quanto Ieda negaram à polícia qualquer envolvimento neste crime. O caso do assassinato do empresário já havia sido encerrado sem apontar culpados, mas foi reaberto após a repercussão da morte do zelador.

A polícia fluminense decidiu reabrir o inquérito que apurava a morte de José após a polícia paulista apreender armas que estavam com o casal em São Paulo e em Praia Grande. Foi pedido um laudo de comparação balística entre elas e as balas que mataram o empresário no Rio. O resultado apontou que o cano de pistola 380 e silenciadores apreendidos no apartamento dos Martins foram usados para matar o ex-marido de Ieda.

Um revólver calibre 38, encontrado no litoral, teria sido usado para dar uma coronhada na cabeça de Jezi. Todo o armamento estava em situação irregular, pois o casal não tinha autorização para tê-lo. Questionados pela polícia, Eduardo e Ieda não derem informações de como conseguiram as armas.




Notícia Postada em 05/08/2014

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